segunda-feira, março 27, 2006

Manias

Um nova amiga virtual, a Ka, leitora de carteirinha do meu blog, sugeriu-me participar de uma espécie de desafio bloguístico. Trata-se de expôr pelo menos 05 manias que me diferenciem dos "mortais comuns", sendo hábitos bem particulares. Vamos ver:

1) Adoro preencher formulários de pesquisa e cartas-respostas comerciais. Às vezes até quando estão vencidos. Sinto um prazer incrível de participar destas besteiras de marketing como questionários sócio-econômicos e similares. É como se eu estivesse contribuindo para uma pesquisa científica importantíssima;

2) Muitas vezes gosto de dormir de barriga pra cima com uma perna cruzada sobre o joelho. Quem olha acho que estou pensando na vida, mas posso passar uma noite inteira assim e acordar descansado. Quando era solteiro e a cama fica encostada na parede, dormia segurando a parede, com a pontas dos dedos. (Deve ser alguma insegurança emocional);

3) Estou sempre salvando baratas, formigas e outros insetos que caem no vaso sanitário. Na realidade gosto de salvá-los sempre que possível, desvirando também besouros, libertando insetos voadores perdidos. Mas isso não que dizer que eu seja chegado à baratas. Eu converso sempre com elas, pedindo que se retirem. Muitas vezes dá certo. Para as atrevidas, uma borrifada de álcool. (Vcs sabiam que para matar baratas basta álcool? Sem cheiro, sem veneno e seca rápido. E o melhor, sem espatifar a criatura.) Mas nem sempre fui bonzinho assim não. Quando pequeno eu gostava de jogar mosquitinhos e formiguinhas nas teias e observar as aranhas fazerem a festa, mumificando suas presas.

4) Tenho uma veia detetivesca. Ao ver um estranho passando me divirto em contar a história dele toda até aquele momento. O que está fazendo ali, quem ligou marcando um encontro, a parada numa loja de conviniência para comprar um "Clorets" para impressionar a garota um esperançoso pacote de camisinhas, o atraso ao sair de casa por conta do carro com a bateria fraca, a esposa que ficou em casa achando que ele iria jogar futebol com os amigos, etc. Às vezes quando estou inspirado vou até a infância do camarada. Em outros momentos gosto de pensar nos universos paralelos e tudo o que poderia ter acontecido mas não aconteceu.

5) Quando entro num ambiente, restaurante, casa de amigos, escola, etc. sempre verifico inconscientemente as janelas, onde é a porta, a altura do pé-direito, os objetos que atrapalhariam uma saída de emergência, etc. (Até pouco tempo achava que isso era pura paranóia, mas descobri lendo um livro bem interesante sobre as diferenças científicas entre homens e mulheres que isso é uma atitude natural dos Homens, herança do nosso passado de caçadores e estrategistas).

6) Assim como o Asterix, eu cutuco repetidas vezes a região temporal da minha cabeça usando meu dedo indicador levemente flexionado, dizendo para mim mesmo: "Esses romanos são uns loucos". Isso toda vez que as pessoas se comportam de forma que eu não consigo entender. (Ex. Quando pessoas apertam repetidas vezes o botão do elevador como se assim ele chegasse mais rápido; quando andam de boné à noite; quando digo"não entendi" e a outra pessoa fala a repete exatamente a mesma coisa só que com o tom de voz mais alto...)

7) Ah, falando nisso eu tenho o péssimo habito de testar as pessoas e suas reações. É uma péssima veia psico-antropológica que eu tenho e que não me deixa em paz. O mundo é um laboratório para mim e às vezes é natural que eu me exceda. Assim, gosto de tirar as pessoas do automático, surpreendendo sempre quando possível. Isso se aplica principalmente àqueles seres-humanos que sucumbiram ao processo de idiotização dos treinamentos de fast-food ou telemarketing, tornando-se típicos robôs. Faço perguntas que não estejam no rol das posibilidade de treinamento, ou mesmo absurdas, para ver a quantidade de humanidade que ainda lhes resta. Por exemplo: Uma vendedora de revistas ou cartão de crédito me liga querendo vender alguma assinatura, com aquele papo todo decorado. Depois de um tempo de doutrinação por parte dela, em algum momento eu a chamo pelo nome e peço-lhe licença para fazer uma pergunta indiscreta. Aí pergunto se ela prefere espaguete à bolonhesa ou a quatro-queijos. (Às vezes eles são libertados da "Matrix" instantaneamente, depois de alguns segundos de curto-circuito). Em outros momentos sou chato e testo a capacidade de resposta dos gerentes ao resolver uma situação técnica de um produto não cadastrado no sistema: tento comprar meio sanduíche, ou só os sachês de ketchup, etc. Isso porque odeio que as coisas sejam sempre pré-determinadas e não se tenha flexibilidade no atendimento;

8) Falo sozinho no carro. Também faço caretas na janela ou falo em marciano para o meu vizinho quando parado no semáforo;

9) Tenho mania de ler no banheiro. Sempre tem um livro para essas "ocasiões" por lá (livros para banheiro são aqueles segmentados em vários capítulos curtinhos. Na falta de um destes invariávelmente acabo lendo a composição dos frascos de creme dental, creme de barbear, cremes da Carlinha, etc. Fazer cocô tem que ser sempre um momento cultural para mim;

10) Tenho mania de sempre girar o punho quando seguro os copos e girando os líquidos antes de sorver de sorvê-los, como se fosse degustação de vinhos. Isso mesmo com suco, água, etc.;

11) Quando escovo os dentes fico com cara de mau olhando para mim mesmo no espelho, coisa automática, sei lá o porquê;

12) Ah, tem uma veiazinha poética que me faz soltar alguns poeminhas de ocasião. Mas normalmente estou sempre fazendo trocadilhos infames. Há quem goste muito! ;-)

Tá bom. Se eu me lembrar de mais virarão posts, ok?

sábado, março 25, 2006

Deja Vu

Aqui vai mais uma teoria. Estive pensando sobre os "deja vu", que nos pegam de surpresa em alguns momentos, dando-nos aquela sensação estranha de que há algo se repetindo, como se fosse um atraso no "buffer" da consciência e percepção. Tenho observado que eles têm se tornado mais frequentes e alguns momentos mais longos, pois alguns já chegaram a uns 10 segundos. (O que não é sufuciente para se antever o resultado da loteria, é claro!)

"Déjà vu" vem do francês e quer dizer literalmente "já visto". As interpretações científicas, de forma geral apontam para um aumento na velocidade de assimilação das informações pelo cérebro ou erro de captação de informações.

Minha hipótese é a de que os "deja vu" são na realidade repetições de memórias incoscientes dos nossos sonhos. Se levarmos em consideração de que sonhamos de 5 a 10 vezes numa noite, e que só nos lembramos conscientemente somente dos sonhos em que acordamos (por isso mesmo pesadelos são os mais lembrados) fica aí uma grande quantidade de situações vividas em tantas horas de sonho que são despejadas para o inconsciente. Em algum momento situações muito semelhantes coincidiriam, dando-nos a sensação de já visto, por mais que não tenhamos aquele memória como "real". (nunca estivemos realmente no local, ou com aquela pessoa, ou com aquela idade por exemplo). Se eu estiver certo, de que esse repertório pode pelo menos contribuir para um banco de dados" os "deja vu", é provável então que eles sejam mais frequentes com o aumento da idade, com mais sonhos e noites no repertório. Isso tem acontecido comigo, o espaço entre as experiências ficando menor, mas será que também com todo mundo? Preciso pesquisar.

sexta-feira, março 24, 2006

Prescrição Psicoterapêutica II

Por causa do medo de amar e ser amado, do meu racional blindar o emocional, do meu medo de pôr filhos nesse mundo tão louco e outras mazelas existenciais, um dia me "prescreveram" um poodle. Prescrito é a palavra certa, levando em consideração que foi uma terapeuta quem o fez. Como psicóloga tratava de gente, mas tinha uma grande experiência com cães pois dentre seus hobbies era uma cinófila de carteirinha. E já tinha uma certa experiência de como esses bichos são capazes de ensinar as pessoas, devido ao seu amor incondiconal.

Isso aconteceu há uns seis meses, ou melhor cinco, porque a Lalinha tá com 6 meses, creio eu. Tenho aprendido muito com ela. É impressionante a capacidade que um cão tem de levar um chute e mesmo assim ser extremamente amoroso conosco pouco tempo depois. Não adianta esperar isso das pessoas que machucamos com nossa agressividade e frustrações, ser compreendido não é tão fácil, principalmente se os ferimos. Os cães adotam a postura de lealdade e amorosidade acima de tudo. É um ótimo aprendizado para reconhecermos nossas fraquezas e carências, uma vez que estão sempre disponíveis para nos receber, especialmente quando baixamos a guarda depois de um arrependimento. O orgulho não existe no mundo cão.


(Esta é a Lalinha curtinho um passeio de carro num sabadão final de tarde. Observem a cara de plenitude dela nesse simples ato de botar a cabeça para fora da janela. Os cães sabem aproveitar as pequenas coisas da vida. Ultimamente tenho colocado a cabeça para fora da janela, com a língua ao vento, quando estou estressado. Às vezes sai até um latido.)

A outra coisa interessante é o fato de ser um poodle. Saem automaticamente da categoria dos cães comuns. Sempre achei que poodles não são cães, e que estão mais para uns miquinhos de circo. Isso se confirmou com a Lalinha, que me surpreende às vezes com a esperteza dela e a habilidade corporal que têm.

O maior aprendizado de tudo isso é que foi recomendado que ela fosse criada dentro de casa, comigo e com a Carlinha. Isso para estabelecer certos vínculos afetivos e papéis que um membro da família desempenha. Eu já tive e tenho outros cães. Mas sempre foram criados como cães, e não como membro da família. Sempre tiveram seu espaço e eu o meu. Agora a Lalinha venho para baldear o coreto. Me deixa os nervos à flor da pele a bagunça que ela faz, mas é um grande aprendizado.


(Estes aí são a Hana Tama e o Sidarta, de 5 e 10 anos respectivamente, um casal de "akitas" que moram comigo, mas não entram dentro da casa. O Sidarta puxou minha rabugentisse e já a Hana puxou o destrambelhamento da Carlinha.)

Já tive também um gato surdo, o Perseu. Uma figura. Depois conto as histórias dele. Sempre fui louco por bichos, mas não tão paciente com eles quanto louco. Sou ainda muito grosseiro, carente e intolerante. Mas Lalinha vai ensinar-me ainda muita coisa. Isso se ela sobreviver a mim, naturalmente! ;-)

segunda-feira, março 20, 2006

Profecias Eulalianas I

(Não deu para ser claro o meu tom de sarcasmo no último post, então vou ser mais claro)

Na realidade não é SOMENTE a solução que existe, senão cairíamos naquela história lá daqueles malucos que fizeram suicídio coletivo para pegar carona no cometa Halle Bop (a seita "Heavens Gate", em 1996). O VHEMT tem um PRINCÍPIO de solução, mas se olharmos bem acaba sendo classificado como um "programa". Mentes novas com programas novos. E segundo Quinn não precisamos de programa algum.

Acredito que o Planeta tem a capacidade de restabelecer sua "HOMEOSTASIS". Tão como um organismo utilizará seus anticorpos para combater o vírus (nossa cultura), e é o que tem sido feito. É claro que muitas vezes os organismos padecem e morrem, mas mesmo isso vem acontecendo no Universo, este grande berço estelar, há bilhões (ou trilhões, ou zilhões) de anos. Nossa perspectiva humana (que tenha 10.000 ou 4 milhões de anos, que seja) não é um milésimo de segundo nessas perspectiva do Universo. E o mais importante: o planeta Terra é só mais um em zilhões de planetas e galáxias. Apenas nosso umbigo maior.



Os dinossauros certamente aprenderam alguma lição (os descendentes deles). Na Terra não existe espaço para excesso de "devoradores" de grande porte. Hoje, duvido que exista alguma espécie de mamíferos superiores que tenha mais de 6 bilhões de espécies e com um crescimento como o nosso.

"Assim como é em cima é embaixo", uma grande lei do universo, onde o microcosmo reproduz o macrocosmo, pode nos mostrar como as coisas se comportam. Nossos átomos se equivalem às estrelas, planetas e suas órbitas, uma célula vive de forma análoga a de um organismo humano. (Isso nós vemos em Biologia, organelas com funções específcas de proteção, digestão, geração de energia, etc.) E se aprendermos com as células (conseqüentemente com a Natureza, a evolução, etc) poderemos ver algum possível caminho (não necessariamente "Bom"). No atual momento nos comportamos como câncer (vide o brilhante vídeo da Nina Paley) e a tendência é esgotar os nossos próprios recursos. Mas uma outra coisa interessante, a nível celular, é que temos organelas chamadas "LISOSSOMOS", que dentre suas funções é responsável pela autofagia da célula. Isso ocorre em situações de falta de recursos de manutenção da célula, uma espécie de suicídio celular programado.

Deste modo eu arrisco aqui até uma PREVISÃO EVOLUTIVA, fazendo o paralelo e aprendendo com os lisossomos: a de que em algum momento, e por motivo específico que poderei até especular em outro momento, adotaríamos o modo de vida canibal (que é latente em nós genéticamente, não só culturalmente) e inevitavelmente consumiríamos a nós mesmos. Isso acontecerá naturalmente em situações catastróficas (coisa que já estamos bem perto, com nosso aviãozinho ismaélico já prestes a se esborrachar no fundo do precipício) e não seria uma "opção" da humanidade, nem um "programa" de auto-consumismo. Seria uma seleção natural do planeta (de uma forma bem simplista seria algo como "genes de pessoas que se alimentam de pessoas obtém recursos e se propagam, e as que não comem são comidas e não se propagam').



Na realidade isso não é tão difícil de se imaginar. Basta olhar para a situação de confinamento das aves em granjas. Elas chegam a um processo de automutilação e canibalismo. (o que é evitado cortando os seus bicos quando pintinhos). A falta de espaço e as más condições transformam o modo de vida dos seres. Essa tendência à autodestruição é latente em todos da comunidade da vida, acionada sempre em situações limite. E é bom lembrar que os campos de concentração nazistas não são nem perto de uma situação crítica global (nem aquele ridículo filme Mad Max), pois foi muito rápido - uma ou no máximo duas gerações - o que não foi suficiente para matar a ESPERANÇA, pois todos ali ainda acreditavam que seriam libertos em algum momento (e ainda tinham pijamas!). Papai-do-Céu ainda existia. A autodestruição vem depois da morte da "Esperança".



Por enquanto ainda temos esperança.
"Com a morte do Gorila haverá esperança?"
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domingo, março 19, 2006

Salve o planeta! Extinção voluntária.

Taí a solução para o maior problema do Planeta:
"Movimento de Extinção Humana Voluntária"
Faça a Natureza feliz. Salve a Terra da destruição. Poupe zilhões de espécies que querem sobreviver, eliminando aquela que está consumindo todos os recursos do planeta.


(desenho de Nina Paley)

Em inglês (mais textos, links e videos):
http://www.vhemt.org/

Em português:
http://www.vhemt.org/pindex.htm

Depois do triste post de ontem encontrei este site. E apesar de engraçadinho, o VHEMT leva a sério o problema. Obviamente que não será através de suicídio coletivo, mas controlar a natalidade de forma emergencial é um dos pontos. (Aliás vale ver os vídeos que estão lá: "Stork" e o "FertCo.") Eu já tinha sérias restrições à promover os meus "desdobramentos celulares" (leia-se: filhos) e cada vez fico mais convicto disso. Agora o jeito é me preparar psicologicamente para me extinguir também...! :-.

sexta-feira, março 17, 2006

A escrota indústria da moda e seus casacos de pele



O preço quem paga são os inocentes seres.

Tava aqui trabalhando com a minha Carlinha quando um e-mail com um link para um vídeo sobre o processo de coletagem da "matéria-prima" dos casacos de pele nos pegou de surpresa, já antes de dormirmos. Eu mesmo não consegui ver além da parte que os guaxinins começam a ser mutilados ainda vivos. Já foi mais do que eu pensei que agüentaria e choramos como crianças, revoltados.

As cenas são chocantes. Não menos do que seriam se mostrados os abatedouros de onde vem as "nossas" tão adoráveis carnes, que irresponsavelmente queremos acreditar que já vêm fabricadas em saquinhos nos supermercados.


(tirinha do Laerte)

De qualquer forma, para quem quer se arriscar aqui vai o link:
(mais uma vez alerto: as cenas são fortes)


http://www.strasbourgcurieux.com/fourrure/portugues.php

Putaqueopariu, será que somos todos frios assim, por baixo de nosso verniz cultural civilizatório? Será que sempre seremos omissos e coniventes com tantas barbaridades como essa para o deleite de pessoas que precisam usar as peles alheias simplesmente porque debaixo das suas só há o vazio de significado? Infelizmente o casaco não aquece o coração de gelo.

Não é à toa que em alguns países (como por exemplo na Inglaterra) açougueiros são proibidos de prestar testemunhos em tribunais. Mas será só mesmo o costume que nos faz assim tão frios? A omissão também é crime.

Sem entrar no papo ingênuo de que no "mundo animal" isso é comum e os predadores também devoram filhotes alheios (e o seus de sua própria espécie) e de que orcas quebram os ossos de suas presas antes do banquete, será que um ato como este é em sua essência "natural", só que distorcido? Os bichos ali estão ainda vivos. Foda mesmo é o fim último dessa crueldade: vestuário supérfluo e de status duvidoso. Para umas "Giseles" imbecis promoverem com seus largos sorrisos e inteligências diminutas. Mundinho escroto esse...

PS: Para efeito de sórdida contabilidade, eis aqui um outro link para saber quantos animais são necessários para cada tipo de casaco de pele:
http://strasbourgcurieux.free.fr/fourrure/peles%20de%20luxo.htm
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quarta-feira, março 15, 2006

Daniel Quinn


(clique na imagem para ampliá-la)

Daniel Quinn é um dos meus autores preferidos. Isso por que na sua fantástica trilogia ("Ismael", "A História de B" e "Meu Ismael") ele consegue mostrar-nos sua ótica fantástica. Um bom livro não é aquele que agrega mais conhecimento ao nosso repertório, mas sim aquele que derruba nossos conceitos formados sobre a realidade, incitando-nos a rever valores e reorganizar nossas idéias. E esse camarada consegue fazer isso brilhantemente.

Em "Ismael" derrubamos nossos (pré)conceitos sobre Cultura, Ciência e História da Humanidade. Um livro surpreendente e altamente indicado para conhecer o pensamento de Quinn. Uma leitura fascinante, através de uma ficção inteligentíssima. (Duvido que alguém que termine este livro não queira ler os demais.)

Depois em "A História de B", Quinn nos faz rever nossos (pré)conceitos em relação às religiões e crenças, e o nosso verdadeiro lugar no universo. Neste livro já há um amadurecimento de suas idéias iniciais e uma organização sistêmica de sua teoria propriamente dita, através de palestras e uma ficção paralela. Um verdadeiro chute no saco, no melhor sentido que isso possa ter! ;-)

E em "Meu Ismael", ele fecha brilhantemente seu sistema de idéias com uma crítica fantástica à Educação e à Economia, com um final surpreendente para os leitores dos dois primeiros livros. A leitura destes livros (ou só de Ismael, para quem tiver uma preguiçite de leitura) é recomendadíssima. É destes livros que depois de lido você tem a sensação de que lhe acordaram de um sono profundo. Algo como a pílula vermelha do filme "Matrix".

Há ainda, o livro "Além da Civilização", que ele reuniu vários ensaios, bem mastigadinhos, com "dicas" de como sobreviver nesse mundo suicida, e o que é possível ser feito para uma "Nova Visão". Ele escreveu este livro para deixar mais claro ainda o que não tenha ficado. (Atualmente estou estudando este livro com o meu grupo de estudos holísticos, o Holos Hum que já completa 15 anos de existência.)

Fica aqui a dica. "Ismael" (e o restante da trilogia) é o tipo de "livro-chave" do patrimônio literário humano, tal como os livros: "O Tao da Física", "Ponto de Mutação", "O Gene Egoísta", "O Oculto", "O Livro de Mirdad" e outros mais que ainda vou comentar qualquer dia desses.

Quinn causa mais uma cicatriz na vaidade humana, uma revolução paradigmática, destruindo nossas certezas, tal como Copérnico (que tirou a Terra do centro do Universo), Darwin (que tirou o Homem de um "berço de ouro" e mostrou sua evolução natural tal como todas as outras espécies do planeta) e Freud (que mostrou que a Consciência na realidade é apenas a ponta de um iceberg do Incosciente, e que nossas ações não são tão claras e controladas por nós como pensávamos). Aventure-se por novas terras!

segunda-feira, março 13, 2006

Colonização da África

Jomo Kenyatta foi o primeiro presidente do Quênia. Nasceu entre 1890 e 1896 e faleceu em 1978. Ele, em poucas palavras e com uma simplicidade e clareza impressionantes, descreveu como ocorreu a colonização da África: "Quando os missionários chegaram, os africanos tinham a terra e eles a Bíblia. Eles nos ensinaram a orar com os olhos fechados. Quando abrimos os olhos, eles tinham as terras e nós tínhamos a Bíblia."

McDonalds - O jogo

Vejam como é difícil gerenciar a McDonalds. Devastar a natureza e destruir vilarejos para aumentar área de pasto e agricultura na América do Sul, injetar hormônios no gado, punir funcionários, dar propinas a políticos, nutricionistas, etc. Divirta-se nesse simulador on-line bem interessante.
http://www.mcvideogame.com/index.html

(Caso tenha problemas em visualizá-lo, você poderá efetuar o download dele também, na seção "download area" http://www.mcvideogame.com/mcdonalds-eng.zip.)

quarta-feira, março 08, 2006

Roteiro para Filme I

Aqui vai uma teoria minha que poderá virar roteiro para filme. Os interessados poderão entrar em contato comigo, mas o M. Night Shyamalan tem preferência, sinto muito. (Spielberg, me desculpe mas eu tenho um outro roteiro de ficção-científica para você e o Tom Cruise, mas fica para um post futuro, ok?) Calma, que tem para todos...

Bom, o filme chamar-se-ia "Cavalo de Tróia" (mas poderia se chamar também "Cães e Gatos") e o motivo é simples. Trata-se da explicação do porque americanos (jovens) matam americanos. Estranho não? Mas muito comum, e é algo relativamente recente.



O que vem acontecendo, segundo estudos e observações do Dr. Eulálio é que depois de muitas tentativas infrutíferas de entrada nos EUA (as que tiveram sucesso, como o 11 de Setembro, dão muito trabalho), os árabes radicais suicidas desenvolveram uma nova metodologia, auxiliados por um grande mestre Sufi que sucumbiu ao "lado negro da força" (uma espécie de Darth Vader maometano), que orientou os guerrilheiros árabes a não se dirigirem de imediato ao paraíso depois de explodirem-se. As virgens prometidas poderiam esperar mais um pouquinho (o que ainda as tornariam mais ansiosas pela chegada deles) e eles ainda fariam a "vontade" de Alá contra os infiéis ocidentais, da maior potência econômica mundial, os EUA. Com isso, os árabes então passaram a reencarnar em solo americano, em corpo americanos, em familias americanas. Solução eficiente, não? Ninguém desconfiaria de um americano típico nascido em família americana há muitas gerações com um espírito árabe. Pois é. O resto vocês já podem imaginar o que acontece, haja visto o que aconteceu na escola de Columbine, e tantos outros crescentes casos de homicídios e massacres.

O roteiro já está mais ou menos encaminhado, com os detalhes sobre o treinamento dos soldados árabes antes de morrerem, da fixação hipnótica para o subconsciente de imagens que seriam rememoradas nas suas reencarnações seguintes (algo semelhante ao Dalai Lama, que é reconhecido ainda bebê pela preferência a certos objetos pessoais da vida anterior). As crianças crescem em solo americano, e com a ajuda da TV e outros meios são acionadas as programações e lembranças internas de sua "missão". Recheado de explicações místicas-espiritualistas, metafísicas e também das ciências de vanguarda como a física quântica e suas teorias de memória holográfica e universos paralelos, o filme será intrigante! Não percam!

Agora só falta o Shyamalan entrar em contato, para fecharmos o contrato e começarmos as filmagens. Favor contactar minha assessoria de comunicação.

Observação politicamente correta:
Este roteiro trata-se apenas de uma ficção e qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais é mera coincidência. Ao irmãos do Islã adverto que NÃO se trata de uma crítica à vossa ilustre religião, e sim à um grupo minoritário que distorce as leis do Alcorão através de interpretações literais e adaptações políticas e principalmente aos Estados Unidos da América e seu governo maluco. garanto também que não haverá representação do ilustre Maomé de qualquer forma, nem atores, nem charges nem merchandising. Obrigado pela atenção.

terça-feira, março 07, 2006

Determinismo Revisitado

Sartre já dizia de forma brilhante que "Não importa o que fizeram com o homem. Mas o que o homem faz com o que fizeram dele." Li há pouco num livro este poema que achei sensacional. Isso porque muitas vezes me percebo muito determinista, caçando os culpados para certas falhas minhas. (Problemas familiares, pai alcólatra e uma mãe submissa e omissa, em breve serão pequenos detalhes da minha vida.) ;-) Quando fazemos isso, sofremos de uma certa "doença da responsabilidade".

O poema chama-se "Determinismo Revisitado" de autora desconhecida:

"Fui ao meu psiquiatra - para ser psicanalisada
Esperando que ele pudesse me dizer por que esmurrei ambos os olhos do meu amor.
Ele me fez deitar em seu sofá para ver o que poderia descobrir
E eis o que ele pescou do meu subconsciente:
Quando eu tinha um ano mamãe trancou minha bonequinha num baú
E por isso é natural que eu esteja sempre bêbada.
Um dia, quando eu tinha dois anos, vi papai beijar a empregada
E por isso agora sofro de cleptomania.
Quando eu tinha três anos senti amor e ódio por meus irmãos
E é exatamente por isso que espanco todos os meus amantes!
Agora estou tão feliz por ter aprendido essas lições que me foram ensinadas
De que tudo o que faço de errado é culpa de alguém!
Que tenho vontade de gritar: viva Sigmund Freud!"


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sexta-feira, março 03, 2006

Vaidade literária?

O que era para ser apenas um canal solitário de extravasão das minhas teorias conspiratórias, idéias, raivas, alegrias e loucuras acabou ganhando um novo status. Agora descobri que tenho blog-leitores, um público que ameaça ficar cativo. Alguns scraps escritos pelos visitantes e eu, todo vaidoso, passo a me sentir como os apresentadores de TV na hora de ler as cartinhas dos telespectadores.

O ego acha ótimo os elogios, mas tenho que tomar cuidado para que a vaidade não interfira nas mal-escritas linhas aqui. Meu lado virginano (a Lua) vez ou outra me faz republicar uma postagem por conta de alguns errinhos ortográficos vistos depois. Mas tudo bem, muitos são os que se olham no espelho antes de saírem de casa... De qualquer forma ficarei atento para não mudar o que habitualmente escreveria por aqui, evitando utilizar uma das minhas máscaras envernizadas. Senão a extravasão terapêutica acaba sendo abafada...

Portanto, leitoras e leitores, cuidado com o que vão ler aqui, porque vez ou outra vocês poderão encontrar algo de extrema doçura ou de agudeza nauseante, ou ainda alguma forma hipnótica de escrita que eu estou a desenvolver e que poderá controlar-vos a distância. Talvez encontrem algum texto melancólico que poderá romper vossas defesas emotivas, ou algo tão inacreditável que vos farão bobos junto aos amigos, que desdenharão e vos julgarão loucos ou mentirosos.

Não digam que não avisei! A leitura é por vossa própria conta e risco! Só aceito cheques do próprio titular e de contas abertas com mais de 6 meses, mediante apresentação de documento que comprove a identidade! Sunab 198.