segunda-feira, setembro 04, 2006

Etiquetando - Manias

Uma querida amiga virtual e astral me convidou a participar do "Etiquetando". Ela pediu para 6 vítimas (rs) que expusessem um pouco de si em pelo menos 6 tópicos. Como no momento estou fechado para novo balanço existencial (prometo voltar em breve!) farei uma reedição das minhas manias, as quais publiquei por aqui há alguns meses a pedido de um outra amiga, a Ká.
Creio que conhecemos muito das pessoas pelas manias delas. Então aí vão algumas das minhas:

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1) Adoro preencher formulários de pesquisa e cartas-respostas comerciais. Às vezes até quando estão vencidos. Sinto um prazer incrível de participar destas besteiras de marketing como questionários sócio-econômicos e similares. É como se eu estivesse contribuindo para uma pesquisa científica importantíssima;

2) Muitas vezes gosto de dormir de barriga pra cima com uma perna cruzada sobre o joelho. Quem olha acho que estou pensando na vida, mas posso passar uma noite inteira assim e acordar descansado. Quando era solteiro e a cama fica encostada na parede, dormia segurando a parede, com a pontas dos dedos. (Deve ser alguma insegurança emocional);

3) Estou sempre salvando baratas, formigas e outros insetos que caem no vaso sanitário. Na realidade gosto de salvá-los sempre que possível, desvirando também besouros, libertando insetos voadores perdidos. Mas isso não que dizer que eu seja chegado à baratas. Eu converso sempre com elas, pedindo que se retirem. Muitas vezes dá certo. Para as atrevidas, uma borrifada de álcool. (Vcs sabiam que para matar baratas basta álcool? Sem cheiro, sem veneno e seca rápido. E o melhor, sem espatifar a criatura.) Mas nem sempre fui bonzinho assim não. Quando pequeno eu gostava de jogar mosquitinhos e formiguinhas nas teias e observar as aranhas fazerem a festa, mumificando suas presas.

4) Tenho uma veia detetivesca. Ao ver um estranho passando me divirto em contar a história dele toda até aquele momento. O que está fazendo ali, quem ligou marcando um encontro, a parada numa loja de conviniência para comprar um "Clorets" para impressionar a garota um esperançoso pacote de camisinhas, o atraso ao sair de casa por conta do carro com a bateria fraca, a esposa que ficou em casa achando que ele iria jogar futebol com os amigos, etc. Às vezes quando estou inspirado vou até a infância do camarada. Em outros momentos gosto de pensar nos universos paralelos e tudo o que poderia ter acontecido mas não aconteceu.

5) Quando entro num ambiente, restaurante, casa de amigos, escola, etc. sempre verifico inconscientemente as janelas, onde é a porta, a altura do pé-direito, os objetos que atrapalhariam uma saída de emergência, etc. (Até pouco tempo achava que isso era pura paranóia, mas descobri lendo um livro bem interesante sobre as diferenças científicas entre homens e mulheres que isso é uma atitude natural dos Homens, herança do nosso passado de caçadores e estrategistas).

6) Assim como o Asterix, eu cutuco repetidas vezes a região temporal da minha cabeça usando meu dedo indicador levemente flexionado, dizendo para mim mesmo: "Esses romanos são uns loucos". Isso toda vez que as pessoas se comportam de forma que eu não consigo entender. (Ex. Quando pessoas apertam repetidas vezes o botão do elevador como se assim ele chegasse mais rápido; quando andam de boné à noite; quando digo"não entendi" e a outra pessoa fala a repete exatamente a mesma coisa só que com o tom de voz mais alto...)

7) Ah, falando nisso eu tenho o péssimo habito de testar as pessoas e suas reações. É uma péssima veia psico-antropológica que eu tenho e que não me deixa em paz. O mundo é um laboratório para mim e às vezes é natural que eu me exceda. Assim, gosto de tirar as pessoas do automático, surpreendendo sempre quando possível. Isso se aplica principalmente àqueles seres-humanos que sucumbiram ao processo de idiotização dos treinamentos de fast-food ou telemarketing, tornando-se típicos robôs. Faço perguntas que não estejam no rol das posibilidade de treinamento, ou mesmo absurdas, para ver a quantidade de humanidade que ainda lhes resta. Por exemplo: Uma vendedora de revistas ou cartão de crédito me liga querendo vender alguma assinatura, com aquele papo todo decorado. Depois de um tempo de doutrinação por parte dela, em algum momento eu a chamo pelo nome e peço-lhe licença para fazer uma pergunta indiscreta. Aí pergunto se ela prefere espaguete à bolonhesa ou a quatro-queijos. (Às vezes eles são libertados da "Matrix" instantaneamente, depois de alguns segundos de curto-circuito). Em outros momentos sou chato e testo a capacidade de resposta dos gerentes ao resolver uma situação técnica de um produto não cadastrado no sistema: tento comprar meio sanduíche, ou só os sachês de ketchup, etc. Isso porque odeio que as coisas sejam sempre pré-determinadas e não se tenha flexibilidade no atendimento;

8) Falo sozinho no carro. Também faço caretas na janela ou falo em marciano para o meu vizinho quando parado no semáforo;

9) Tenho mania de ler no banheiro. Sempre tem um livro para essas "ocasiões" por lá (livros para banheiro são aqueles segmentados em vários capítulos curtinhos. Na falta de um destes invariávelmente acabo lendo a composição dos frascos de creme dental, creme de barbear, cremes da Carlinha, etc. Fazer cocô tem que ser sempre um momento cultural para mim;

10) Tenho mania de sempre girar o punho quando seguro os copos e girando os líquidos antes de sorver de sorvê-los, como se fosse degustação de vinhos. Isso mesmo com água mineral;

11) Quando escovo os dentes fico com cara de mau olhando para mim mesmo no espelho, coisa automática, sei lá o porquê;

12) Ah, tem uma veiazinha poética que me faz soltar alguns poeminhas de ocasião. Mas normalmente estou sempre fazendo trocadilhos infames. Há quem goste muito! ;-)

Tá bom. Se eu me lembrar de mais virarão posts, ok?