Tão longe e tão perto
Estive muito longe em devaneio,
Recobrando minha razão de existir;
Além da dor, o medo em meu peito veio,
Relembrando-me do caminho a seguir.
Coragem me falta pela fadiga,
de andar sem rumo pelos mundos,
buscando a velha (ou nova?) alma amiga,
que só me sorri em sonhos profundos.
Assim nos ensinam as margaridas,
Entre o me-quer-mal ou bem;
Distância segura cicatriza as feridas,
Mas sem dúvida as esfria também.
Porém no frio nasci, no frio me criei,
No frio sigo, mas nele não morrerei...
A Luz embora tênue, me chama,
[a chama chama]
e ainda não desisti do que serei.
Mudo de pele, mudo de mundo.
Somos todos mudos.
(Nelson Eulálio)
3 Comentários:
Poderia ser eu a escrever isso...e como poderia...Estava com saudades se queres saber...
Bjos carinhosos e saudosos...
que lindo! =)
Me identifiquei com esse texto!
Lindo, lindo!
Bjos
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