terça-feira, junho 27, 2006

Tão longe e tão perto

Estive muito longe em devaneio,
Recobrando minha razão de existir;
Além da dor, o medo em meu peito veio,
Relembrando-me do caminho a seguir.

Coragem me falta pela fadiga,
de andar sem rumo pelos mundos,
buscando a velha (ou nova?) alma amiga,
que só me sorri em sonhos profundos.

Assim nos ensinam as margaridas,
Entre o me-quer-mal ou bem;
Distância segura cicatriza as feridas,
Mas sem dúvida as esfria também.

Porém no frio nasci, no frio me criei,
No frio sigo, mas nele não morrerei...
A Luz embora tênue, me chama,
[a chama chama]
e ainda não desisti do que serei.

Mudo de pele, mudo de mundo.
Somos todos mudos.

(Nelson Eulálio)

3 Comentários:

At 11:02 PM, Blogger Ela disse...

Poderia ser eu a escrever isso...e como poderia...Estava com saudades se queres saber...
Bjos carinhosos e saudosos...

 
At 5:21 PM, Blogger tatiana hora disse...

que lindo! =)

 
At 2:51 PM, Blogger Ka disse...

Me identifiquei com esse texto!
Lindo, lindo!
Bjos

 

Postar um comentário

<< Home